Devocional Glorioso Evangelho, Edificando Sua Vida
Devocional: O Segredo da Oração Eficaz
Amados em Cristo, se há um campo onde a força do cristão deve ser testada e provada, este é o campo da oração. Charles Haddon Spurgeon tinha em alta estima a comunicação com Deus, considerando-a o oxigênio da alma mestra da vida espiritual. A verdadeira oração, para ele, não é um mero ritual ou um salto apressado, mas sim um santo pleitear com o Senhor, um exercício de fé que alcança o coração do Pai.
Spurgeon nos ensina que a eficácia de nossa oração está fundamentada em alguns princípios extraídos da Palavra de Deus:
Nossos pedidos não devem ser de frases vagas atiradas ao vento. Devemos ter objetivos definidos para nossas orações. Olhe para a Oração do Senhor, o "Pai Nosso". Ela tem contornos claros e definidos, não há confusão, mas uma bela ordem de como pedir.
Aproxime-se do trono de Deus com uma pedido específico. O que você quer que Deus faça por você hoje? Peça com clareza, pois a oração que Deus ouve é aquela que tem coração sincero e concentrado.
O poder da oração não reside em nossa eloquência ou devoção, mas na fidelidade de Deus. A oração eficaz é aquela que se apoia na Palavra empenhada de Deus.
Se a bênção que você deseja está prometida nas Escrituras, você conhece a vontade dele. Spurgeon nos exorta a nos fundamentarmos nessa promessa e a não darmos descanso a Deus até que Ele a cumpra! (O sentido aqui é perseverar na oração) isso não é presunção, mas sim a fé ousada que honra a Deus. Ele prometeu ouvir e ele é o Deus Altíssimo e verdadeiro, ele não pode negar a si mesmo.
Não se canse de orar, a demora na resposta de Deus não é negação, mas muitas vezes, uma prova para purificar nossos desejos e fortalecer nossa fé. Spurgeon nos lembra que a oração não é medida pela sua extensão, mas pela sua sinceridade e perseverança.
Ademais, a oração do crente está ligada à obediência e ao arrependimento. Não podemos desviar nossos ouvidos de ouvir a Lei e esperar que nossa oração seja eficaz (Provérbios 28:9). O coração dividido é incapaz de orar com poder. O arrependimento verdadeiro que abandona o pecado abre o caminho para a oração que toca o coração de Deus.
Que possamos, pois, entrar na presença do Senhor sob a proteção do grande Redentor, orando em Seu Nome, com fé e com propósito definido. Lembre-se, a oração é como subir em asas de águia acima das nuvens para o céu claro onde Deus habita. É o convite para entrar na tesouraria de Deus e enriquecer-se de um reservatório inexaurível.
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Devocional: O Verdadeiro Caráter do Cristão
Amado leitor, pare por um instante e reflita sobre o que realmente significa ser um cristão. Não me refiro à mera profissão de fé, mas à possessão de uma nova natureza que se manifesta em um caráter genuíno. Charles Haddon Spurgeon, o "Príncipe dos Pregadores", não se cansava de enfatizar que o povo de Deus é um povo essencialmente diferente do mundo, assim como Cristo não era do mundo.
O verdadeiro caráter cristão não é uma capa que vestimos em ocasiões solenes, nem um verniz que aplicamos para parecer bem aos olhos dos homens. É uma transformação interior, uma nova natureza que nos é concedida pelo Espírito Santo. Spurgeon nos lembra que a distinção entre o cristão e o mundano não é apenas externa, não reside apenas nas ações que realizamos ou evitamos, mas é sobretudo, interna e fundamental. A diferença está na natureza em si.
“Um cristão é tão essencialmente diferente de um mundano quanto uma pomba de um corvo, ou um cordeiro de um leão. Ele não é do mundo nem mesmo em sua natureza.”
Essa diferença se manifesta em pelo menos três aspectos cruciais, ecoando a vida de nosso Senhor Jesus:
Caráter Distinto: O cristão não é do mundo em seu caráter. Assim como Cristo, que era puro e imaculado, o crente regenerado possui um novo coração que não se deleita nas coisas pecaminosas e terrenas. Seu desejo mais profundo é a santidade e a justiça. Se não houver uma diferença entre você e o seu vizinho mundano, se você age, fala e vive da mesma forma, Spurgeon nos adverte: "Não vos enganeis; é fácil ser enganado, com Deus não se brinca". A condenação que é para o mundo será, tristemente, a sua condenação, por mais que você professe o Nome de Cristo.
Ofício Não Mundano: O cristão não é do mundo em seu ofício ou ocupação. Embora vivamos e trabalhemos neste mundo, nosso propósito não é mundano. Não buscamos a nossa própria fama, honra ou aplauso. Nossa missão é viver para a glória de Deus e servir ao Reino. Qualquer que seja sua ocupação, ministro, membro da igreja, comerciante, ou trabalhador, o seu ofício deve ser marcado por um objetivo celestial, e não pela ambição terrena.
Fé como Força: O caráter do cristão é governado por Cristo e movido pela fé. A vida que o cristão vive, ele a vive "na fé do Filho de Deus" (Gálatas 2:20). Nossa jornada não pode ser guiada pelo sentimento ou pela vista, mas pela confiança inabalável nas promessas e na verdade de Deus. Ele é verdadeiro em todas as Suas relações e Suas promessas são firmes como os pilares do céu. A fé é a "insígnia do cristão", o alimento da alma, que nos sustenta e nos enraíza firmemente, especialmente nas provações da vida.
O verdadeiro cristão, portanto, é uma fotografia viva do Senhor Jesus Cristo. Quando os homens o olham, deveriam ver não apenas o que é o cristão, mas o que é o Senhor do cristão. Há em você um Espírito que luta contra o seu egoísmo e sua ociosidade? Há um anseio ativo e fervente por ser submetido ao Espírito dominante de Cristo?
Se a sua vida não demonstra uma distinção verdadeira e uma nova natureza em Cristo, é tempo de olhar para ele e atrever-se a crer. Confie nele, arrependa-se do engano, e pela graça de Deus, busque a transformação completa de seu caráter, para que você seja, de fato, um daqueles de quem Cristo diz: "Eles não são do mundo, como eu também não sou" (João 17:16).
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